quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Há limitações para a submissão?

Um marido incrédulo precisa que sua mulher seja cristã o bastante para o tornar um homem de Deus

“Se o seu marido não lhe permite ter nenhum amigo, você apenas tem que se submeter a essa situação? Se ele vive lhe pedindo para fazer um empréstimo, mas nunca lhe ajuda a pagá-lo, você tem que sujeitar-se a esse transtorno? Se o seu marido a fere fisicamente, ou depende de você trabalhar e ainda fazer todo o serviço doméstico, você tem que subjulgar-se a esse incômodo? Se ele a faz sentar-se sozinha no quarto sempre que os amigos dele o visitam, porque ele não quer que você os veja, você tem que aceitar?”

Essas foram questões enviadas a mim por uma mulher que parece ser uma esposa muito triste e frustrada. Devido ao grande número de e-mails semelhantes, fico analisando até que ponto uma esposa deve sujeitar-se ao seu marido. Penso que está na hora de escrever algo sobre esse assunto!

É fato que se submeter ao marido é quase sempre muito difícil, especialmente se ele não se parecer em nada com o nosso Senhor Jesus.
Porém, um marido incrédulo (não-cristão) precisa que sua mulher seja cristã o bastante para que, no fim, ele próprio se torne um homem de Deus.
Ele precisa ser capaz de ver algo na esposa que seja diferente de todas as outras mulheres no mundo.

Que diferença é essa? O amor dela? Mas muitas mulheres até morreriam por amor! A beleza dela? Creio que não. A amizade dela? Não é isso o que qualquer um pode oferecer?

A diferença em sua esposa é exatamente esta: sua submissão.
Na realidade, nenhuma mulher no mundo consegue ser submissa, a não ser a que vive pela Palavra de Deus.

Ora, isso não significa que a esposa deve se submeter ao ponto de se magoar, perder sua fé, ou até mesmo destruir o próprio marido.
Nós não podemos obedecer a Deus e ao mesmo tempo O deixar, podemos?
Então, há limitações, também, em até que ponto uma esposa deve se submeter, e assim digo não para ir contra a Palavra de Deus, mas para aplicá-la na íntegra.

Deus nunca deu a entender que as esposas devem ser tratadas como escravas e nunca depreciou os seres humanos.
Ele não é um Deus cruel, que quer que façamos algo para nos machucar ou morrer.
Temos que conhecê-Lo para entendermos a Sua Palavra.
Ele criou a mulher para ser a auxiliadora do homem.

Se o seu marido a fere fisicamente, é seu dever ajudá-lo, buscando conselho profissional (que poderia significar apresentá-lo à polícia se você notar que sua vida está ou esteve em risco).
Pode parecer que você irá colocá-lo em dificuldades, mas de fato vai ajudá-lo a mudar.

Imagine, por um instante, que você não busca ajuda profissional e ele continua lhe agredindo, até que um dia, a mata.
Ele não irá estar em maiores dificuldades que a anterior?
Ou imagine, por exemplo, que ele não trabalha e você é forçada a ser o ganha-pão.
Se ele não estiver trabalhando por causa de uma situação que está fora do controle dele, então está bem; é seu dever ajudá-lo da forma que você puder. Contudo, se ele não estiver trabalhando apenas por satisfação com essa situação, então você não o está ajudando em nada, pagando as contas e provendo tudo, ou está?
Pare com esse absurdo!
Não apenas com palavras, é claro, mas deixe a brevidade dos recursos dele o colocar em uma inevitável e desesperadora necessidade de procurar um trabalho.

Por fim, observe!
Temos que nos submeter, mas não temos que ser tolas em nossa submissão a ponto de destruir nossa fé em Deus ou até mesmo nossos maridos.
Somente se submeta se for para ajudar; caso contrário sua submissão pode destruir tudo por completo.

Na fé,
Cristiane Cardoso

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