quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O momento certo para a união

Saber quando ele chega é importante para alcançar a felicidade

Uma dúvida que surge em alguns momentos na cabeça de jovens que estão noivos é saber qual o momento certo para casar. Essa é uma decisão muito séria e precisa ser realmente refletida, pois há vários fatores que devem ser levados em consideração.

Segundo a psicóloga Oziléa Clen, existe sim o momento certo para se casar e, para isso, é necessário que planos para a união estejam bem estruturados, principalmente no campo emocional.

“É importante que cada um conheça um pouco mais sobre o outro para que não comecem uma vida em comum em discordâncias e atritos. As diferenças são um marco no relacionamento e, na maioria das vezes, passam despercebidas devido à paixão e a um suposto amor; sentimentos que acabam ´cegando`”, explica.

A psicóloga afirma que é normal ter dúvidas sobre a hora certa de casar, pois faz parte da vida, mas a incerteza deve estar em quando marcar a data do casamento e não na escolha. “É preciso que haja firmeza e segurança para tomar a decisão. Os sentimentos precisam estar minimamente claros para cada um; caso contrário, as decepções e os desentendimentos aparecerão logo depois da união. Não se deve tomar uma atitude de casar com base na dúvida em relação à escolha”, frisa.

De acordo com o livro “O perfil da Família de Deus”, do bispo Edir Macedo, os jovens, antes de se casarem, devem examinar bem os corações e constatar se há fé suficiente para tomarem a segunda decisão mais importante de suas vidas, já que a primeira é se entregar ao Senhor Jesus.

“Os casamentos que são motivados apenas pela paixão fracassam. Esta é a razão por que o casamento tem sido considerado por muitos como sendo uma instituição falida”, afirma.

O bispo, através do livro, ensina que o amor não é simplesmente um sentimento do coração, mas a consciência e a prática diária da entrega de todo o ser em favor da amada. “A partir do casamento, porém, a paixão direcionada até então para a satisfação do desejo e aquela vontade incontida de realização pessoal são transferidas à pessoa querida e transformadas em amor, cuidado e carinho”, explica.

Dúvida de um, desespero de outro

Muitas vezes, o noivo(a) acredita que ainda é muito cedo para casar, enquanto o outro(a) encontra-se supercerto(a) do casamento. Quando isso acontece, é normal pensar que talvez o amado não sinta o mesmo que você. Segundo a psicóloga, o fato não significa necessariamente que não há amor.

“Muitas coisas estão envolvidas nessa fala. É de fundamental importância que no período de namoro o casal comece a se conhecer e a se situar na relação. Isso significa que ambos precisam perceber o que acontece nesse período e ir dialogando sobre o que cada um pensa, se as atitudes estão de acordo com o que é dito, se há sinceridade, respeito, cumplicidade, honestidade, enfim, se os sentimentos estão claros. Há muita ilusão em função da paixão. A questão de saber se o outro ama de verdade dá para ser percebida nos pequenos detalhes de como um trata o outro. Não se pode ir para um casamento com tal pensamento. Além do mais, é relevante que a pessoa se ame primeiro, assim já vai se impor desde o início, não dando margem para esse tipo de dúvida”, orienta.

Oriente-se

Quais são os principais problemas enfrentados pelos recém-casados? Ao responder a esta pergunta, Oziléa foi objetiva ao afirmar que são as “surpresas já sabidas”. “Muitas pessoas passam pelo namoro e pelo noivado de forma ingênua, achando que tudo vai ser um ´mar de rosas`”, argumentou.

“Muitos pensam que o que se apresenta como defeito pode melhorar com a convivência. Os defeitos e as manias só se exacerbam ao longo do tempo. Daí a importância do posicionamento desde o início do relacionamento. Um dos motivos da percepção das mudanças depois do casamento é justamente não ter passado por tantas coisas inconvenientes e não resolvê-las antes”, finalizou.

Agência Unipress Internacional
Gabriela Jaya

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