quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O primeiro amor

Não o confunda com outros sentimentos

Não se iluda: o primeiro amor não é, necessariamente, a(o) primeira(o) namorada(o). Mas também pode ser! O importante é que você entenda que a primeira paixão não é o primeiro amor.

Quando acontece o primeiro amor? Não é difícil para aquele que teve um encontro com Deus identificar a ocorrência do primeiro amor, porque há um paralelismo muito íntimo entre o encontro com Deus e o encontro com o primeiro amor.

O próprio Deus, inúmeras vezes, usa figuradamente a relação do homem e da mulher para descrever a sua relação com o ser humano:“Porque, como o jovem desposa a donzela, assim teus filhos te desposarão a ti; como o noivo se alegra da noiva, assim de ti se alegrará o teu Deus.”Isaías 62.5

Porque zelo por vós com zelo de Deus; visto que vos tenho preparado para vos apresentar como virgem pura a um só esposo, que é Cristo.” 2 Coríntios 11.2

Quando verdadeiramente encontrei o Senhor Jesus, pude verificar imediatamente que nunca O tinha conhecido de fato. Foi uma experiência nova, diferente de tudo o que já havia experimentado.
Então, lancei fora todos os outros deuses e religiões desse mundo e abracei a fé pura e viva n’Ele.
Foi um amor que cresceu a cada dia. De repente, deixei de lado as coisas do mundo, as vontades da carne, os maus costumes de outrora, somente para agradá-Lo. Ansiava por estar em Sua casa, em Sua presença, falar com Ele em oração e cantar-Lhe louvores.
Ele, por sua vez, Se revelou a mim extremamente bom, misericordioso e compassivo, mostrando-me que, apesar das minhas tantas falhas e pecados, com Seu verdadeiro amor foi capaz de dar a própria vida por mim e tantos outros pecadores que há no mundo.

Ah, o primeiro amor! É impossível esquecer! É tão forte e sublime que o próprio Senhor Jesus exorta a Sua Igreja a não abandoná-Lo com o risco de perder a salvação:
Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” Apocalipse 2.4,5

Assim também, quando encontramos a pessoa que virá a ser o nosso primeiro amor, o que existe primeiramente é uma simpatia por ela: o seu jeito, a sua maneira de relacionar-se com as outras pessoas chama a nossa atenção. Daí, começamos a desenvolver um sentimento bom e amoroso em relação a ela, do mesmo jeito que acontece no nosso encontro com Jesus.

Sim, porque nunca acontece de uma pessoa chegar à igreja por ouvir falar de Jesus pela primeira vez e logo cair de amores por Ele. Pelo contrário, eu levei quase dez meses para ter o meu encontro com Deus. Sabemos de outros que levaram menos e outros, ainda, que levaram mais tempo; porém, há sempre o momento de conversão total, do encontro com Deus.

Baseado nisso, creio que o amor verdadeiro entre um homem e uma mulher só vai sedimentar-se, amadurecer de fato, depois do casamento. Esse é o momento em que entram em aliança conjugal e passam a ver a nudez física e espiritual um do outro, então o verdadeiro amor pode criar raízes.

É aí que um será capaz de ver os defeitos do outro e aprender a suportá-los. Vão enfrentar problemas e dificuldades juntos e terão de aprender a superá-los e vencê-los.

Então, o que há no período de namoro é uma atração, um gostar, um simpatizar, que são como sementes do amor que virá verdadeiramente depois, no casamento. Talvez você pergunte: “Então, como é que eu vou saber se aquela pessoa é a certa, se o amor verdadeiro só nasce depois do casamento?”

Muito simples. Basta verificar se o sentimento que você tem pela pessoa não é apenas uma paixão. Pergunte a você mesmo: “A minha atração é mais pela beleza exterior da pessoa, pela posição ou pelo que ela tem?”; “Esse sentimento está me fazendo cego às incompatibilidades existentes? (cultura, idade, espiritualidade, fé, etc.)”; “É essa a pessoa que quero ter ao meu lado até o fim da vida?”

Seja honesto consigo mesmo e as respostas a essas perguntas o ajudarão a diferenciar o primeiro amor de outros sentimentos enganosos.


Trecho do livro "O Perfil do Jovem de Deus" do Bispo Renato Cardoso

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